JUSTIÇA

Seguradora quebra silêncio e confirma que divisão do seguro de Marília Mendonça foi consensual

Por Vanessa Lima Publicado em 15/07/2025 às 17:19

A MAPFRE, empresa responsável pelo seguro da aeronave que caiu em 2021 e vitimou Marília Mendonça e mais quatro pessoas, se pronunciou pela primeira vez sobre a polêmica divisão da indenização paga às famílias das vítimas. A declaração foi feita após a crescente pressão de familiares que alegam que a partilha foi injusta.

Em nota divulgada nesta terça-feira (15/7), a empresa afirmou que “cumpriu integralmente o acordo homologado judicialmente, construído em consenso entre as partes e com base em critérios técnicos”. A MAPFRE não deu mais detalhes e destacou que não comentará o caso publicamente além do comunicado.

O assunto voltou à tona após entrevistas e manifestações de parentes dos outros ocupantes do voo. Muitos criticaram a forma como a divisão foi feita e alegaram que a família da cantora ficou com metade do valor total. Em entrevista ao programa Fantástico, Dona Ruth, mãe de Marília Mendonça, afirmou que não conversou com os demais familiares, e que o juiz entendeu que a maior parte deveria ir para Marília.

“Eu não conversei com nenhuma daquelas pessoas. O advogado disse que o juiz entendeu que a maior parte teria que ser da Marília. Foi uma decisão do juiz”, declarou.

Apesar da decisão judicial, familiares como George Freitas (pai do produtor Henrique Bahia) e Vitória Drummond Medeiros (filha do piloto Geraldo Medeiros) demonstraram descontentamento. Fernanda Costa, mãe do filho de Henrique Bahia, revelou que tentou negociar diretamente com Dona Ruth, mas foi orientada a procurar o advogado da família Mendonça.

George Freitas explicou que aceitou o acordo por receio de um processo longo: “A seguradora só paga se estiverem todas as partes de acordo. Caso contrário, o valor fica em juízo enquanto a disputa segue. Poderia levar oito, dez anos. Todos queriam resolver rápido”, disse ao portal Splash.

A divisão do seguro segue sendo alvo de questionamentos públicos e pode, inclusive, ser judicialmente revista, segundo advogados ouvidos por veículos da imprensa.