Rapper Oruam vira réu por tentativa de homicídio qualificado contra policiais no RJ

O rapper Oruam foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) por tentativa de homicídio qualificado contra dois policiais civis, durante uma operação realizada em sua casa no Joá, Zona Oeste do Rio, na madrugada do dia 22 de julho. A denúncia foi aceita pela Justiça nesta terça-feira (29), tornando o artista réu pelo crime.
Segundo o MPRJ, Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, nome de batismo de Oruam, teria arremessado diversas pedras de grande porte contra o delegado Moysés Gomes e o oficial de cartório Alexandre Ferraz. A Polícia Civil cumpria um mandado de busca e apreensão contra "Menor Piu", menor apontado como segurança de “Doca”, líder do Comando Vermelho no Complexo da Penha.
A Promotoria afirma que a ação foi praticada de forma cruel e torpe, citando laudos periciais e fundamentos da segunda Lei de Newton para justificar o risco letal dos arremessos. De acordo com os documentos, o impacto das pedras poderia causar fraturas cranianas e até mortes.
Oruam está preso preventivamente desde o dia 22 de julho, quando se entregou à polícia. Ele permanece detido no Complexo Penitenciário de Gericinó, o Bangu 3. O artista é filho de Marcinho VP, um dos principais líderes do Comando Vermelho.
Além dele, Willyam Matheus Vianna Rodrigues Vieira, que estava na casa no momento da operação, também foi denunciado por tentativa de homicídio qualificado. Ambos tiveram a prisão preventiva decretada para garantia da ordem pública e aplicação da lei penal.
A denúncia ainda menciona vídeos em que o rapper aparece desafiando publicamente os agentes de segurança, incitando confrontos e ostentando vínculos com a facção criminosa. Em uma das gravações, Oruam afirma: "quero vocês virem aqui, pô, me pegar aqui dentro do Complexo... não vai me pegar".