A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) caminha para o encerramento de uma etapa significativa de sua atuação na formação de professores por meio do Programa Institucional de Fomento e Indução da Inovação da Formação Inicial e Continuada de Professores e Diretores Escolares (Pril). O ano de 2025 marca o término da primeira etapa do programa no Campus do Sertão e novas perspectivas com a aprovação do edital do Programa de Residência Pedagógica e Inovação para a Formação de Professores (Prilei) . (em anexo)

“Começamos com a meta de formar 160 professores, o nosso edital já ofertou 180 vagas, e nós estamos formando 149 professores com previsão de formatura agora em janeiro de 2026. Vai ser o maior contingente de pessoas formadas aqui no campus desde a sua fundação”, destacou o coordenador de articulação, Agnaldo Santos.

Implantado na Ufal a partir do Edital nº 66/2021 – MEC, o objetivo foi estimular a oferta de cursos de licenciatura e formação continuada com inovação pedagógica, alinhados às diretrizes nacionais da educação básica. “O encerramento desse ciclo representa não só o fechamento de etapas, mas a consolidação de uma experiência institucional de formação docente mais vinculada à realidade das escolas e redes de ensino da região do Sertão de Alagoas”, completou.

Nova fase com o Prilei e ampliação regional

Visando manter e expandir esse esforço, a Ufal, por meio do Campus do Sertão, submeteu proposta ao MEC ao Edital nº 03/2025 – Programa Institucional de Fomento e Indução da Formação Inicial e Continuada de Professores com Ênfase na Educação Integral (Prilei). A proposta foi aprovada, garantindo continuidade do programa no período 2026-2029.

Nesta nova etapa, serão ofertadas 180 vagas para os cursos de licenciatura em Ciências Interdisciplinares, Letras/Português e Pedagogia, em modalidade presencial, com ênfase na formação para a educação integral. O Prilei busca articular formação inicial, residências pedagógicas e inovação curricular, valorizando a prática e o diálogo com a realidade das escolas.

Além disso, a rede de convênios será ampliada: além das seis prefeituras que participaram do Pril, o novo projeto incluirá Canapi, Mata Grande e São José da Tapera, alcançando nove municípios da região: Delmiro Gouveia, Pariconha, Água Branca, Piranhas, Inhapi, Olho D’Água do Casado, Canapi, Mata Grande e São José da Tapera.

Experiência do Pril na Ufal

Em 2024, o Pril contou com a Ufal para ser uma das quatro universidades federais em exercício do programa. Sob a coordenação dos professores Agnaldo Santos e Amauri Barros, foram publicados editais específicos para a seleção de tutores e monitores destinados a atuar no Pril: Edital nº 49/2024 – Seleção de Tutores para semestres 2025.1 e 2025.2, com atividades de tutorias na modalidade on-line para os cursos de Pedagogia e Ciências ofertados no Campus do Sertão. Além do Edital nº 10/2024 – Seleção de Monitores para atuação presencial e on-line nos cursos de Ciências, Letras Português e Pedagogia no Campus do Sertão.

Ao responder ao Edital 66/2021-MEC, a rede da Ufal foi contemplada para ofertar 160 vagas em cursos de licenciatura para estudantes que realizaram o Enem e professores vinculados às redes municipais das prefeituras conveniadas: Delmiro Gouveia, Pariconha, Água Branca, Inhapi, Olho D’Água do Casado e Piranhas.

A Ufal avaliou mecanismos de acompanhamento, tutoria e monitoria para garantir suporte aos estudantes e, mediante editais internos, deu apoio pedagógico (tutores/monitores) aos cursos do Pril. As prefeituras também fizeram acordos institucionais para ofertar transporte gratuito e estágios aos alunos do programa. Com o Pril, a Universidade ainda vivenciou os desafios de implementar cursos de licenciatura em regiões remotas, com oferta de tutoria remota e monitoria distribuída.

“A experiência desenvolvida nesses anos será base para ajustar estratégias, fortalecer articulações com redes municipais parceiras e garantir que a nova fase com o Prilei seja ainda mais alinhada às demandas locais. nesse novo ciclo que se inicia, a Ufal reafirma seu compromisso com a formação docente de qualidade, com a interiorização do ensino superior e com a promoção da educação pública, gratuita e transformadora no sertão alagoano”, finalizou Agnaldo.