SEGURANÇA

Filha que matou a mãe em Arapiraca tem prisão preventiva decretada pela Justiça

Por Luciano Costa / Ascom PC Publicado em 07/10/2025 às 09:37
Decisão foi proferida após a conclusão das investigações pela Polícia Civil Ascom PC

A Polícia Civil, por meio da 4ª Delegacia Regional de Polícia (4ª DRP) de Arapiraca, informou nesta terça-feira (7), que a jovem de 22 anos que matou a própria mãe, Jane Maristela de Oliveira, 50 anos, no dia 5 de agosto de 2025, no bairro Jardim Esperança, Arapiraca, teve a prisão temporária convertida em preventiva, após representação do delegado Edberg Sobral de Oliveira, junto ao Poder Judiciário, através da 5ª Vara Criminal da Comarca de Arapiraca.

 

Ela é acusada de homicídio triplamente qualificado, com emprego de fogo. As investigações foram realizadas pela equipe da delegacia do 53º Distrito Policial de Arapiraca.

 

A decisão foi proferida após a conclusão das investigações pela Polícia Civil, que formalizou a representação pela medida extrema, uma vez que as provas apontam indícios suficientes de autoria e a necessidade de garantir a ordem pública.

 

O risco à ordem pública se justifica pela periculosidade da agente, descrita na decisão como “supostamente violenta, dissimulada e fria”.

 

Durante as investigações, foram colhidos depoimentos que indicam a violência do caso e o risco iminente a outros familiares. Uma testemunha afirmou que a investigada confessou o crime, alegando que “Jesus mandou jogar a própria mãe dentro do fogo”.

 

Além disso, a decisão destaca que a ré manifestou o desejo de matar a tia e a avó materna, respectivamente, irmã e mãe da vítima.

 

O homicídio teria ocorrido supostamente porque a vítima se recusou a dar dinheiro à ré, e esta buscava apropriar-se do benefício que a vítima recebia do INSS.

 

O Juízo ressaltou ainda o perigo de fuga, visto que a acusada não possui residência fixa, uma vez que a casa foi destruída pelo fogo, e seus parentes não a querem por perto, havendo risco de ela tentar furtar-se à responsabilização criminal ou sofrer represálias dos próprios familiares.

 

A decisão foi assinada pelo juiz de direito Alberto de Almeida, da 5ª Vara Criminal de Arapiraca.

 

O delegado Edberg Sobral de Oliveira informa que a acusada está presa desde o início das investigações, por força de uma prisão temporária solicitada pela autoridade policial. Agora com a decretação da preventiva, também solicitada pelo delegado no final das investigações, a acusada permanecerá presa no Presídio Feminino Santa Luzia, em Maceió, à disposição da Justiça. Em caso de condenação, a acusada pode pegar uma pena superior a 30 anos de reclusão, dada as circunstâncias agravantes, causas de aumento e qualificadoras do homicídio cometido contra a própria mãe.