A American Heart Association divulgou as novas diretrizes em primeiros socorros neste mês. A enfermeira Renata Almeida, que atua no Hospital da Criança de Alagoas (HCA), esclarece quais foram essas mudanças e orienta sobre a importância de segui-las para prestar socorro adequado aos pequenos em caso de engasgo.

A cada cinco anos, a American Heart Association atualiza as diretrizes em primeiros socorros, baseada em uma revisão com pesquisas e evidências científicas mais recentes. Essa entidade é responsável por definir os protocolos seguidos mundialmente em cursos de primeiros socorros.

As principais mudanças para a área da pediatria foram na reanimação cardiorrespiratória em bebês e na manobra de desengasgo em crianças e bebês. Na manobra de desengasgo em bebês, as novas orientações são em relação à compreensão. Não é mais recomendado comprimir com os dois dedos.

Se o bebê não responder a estímulos e não emitir sons, apoie o bebê no antebraço com a pegada, como se fosse a letra c. Também é importante manter a boquinha dele aberta, pegando na mandíbula dele.

“A cabeça tem que estar mais baixa que o corpo, sendo preciso fornecer cinco golpes com a parte hipotenar, que é a região mais rígida da mão. Agora, nós devemos comprimir com a parte mais rígida da mão e continuar esses dois procedimentos até o desengasgo”, explica a enfermeira Renata Almeida.

Já em crianças, foi adicionado os golpes na região das costas, além da manobra de Heimlich. “Devemos iniciar com cinco golpes dorsais, uma mão na frente e outra atrás entre as escápulas. Após isso, iniciamos as compressões abdominais. Fecho a mão um pouco acima do umbigo e faço o movimento em jota cinco vezes. É importante intercalar esses dois movimentos até o desengasgo”, acrescenta a profissional.

Parada cardiorrespiratória em bebês?

A mudança também é na hora da compreensão. “Não usamos mais os dois dedos abaixo da linha dos mamilos. Agora o protocolo orienta os dois polegares das mãos circundando o tórax ou com a região rígida da mão”, informa a enfermeira do Hospital da Criança de Alagoas.

Renata Almeida destaca que, em todos esses casos, é importante que os pais ou responsáveis entrem em contato com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Para isso, basta ligar para o número 192, seja pelo telefone residencial ou celular.