Seminário discute cenário epidemiológico da sífilis em AL e a capacitação contínua dos profissionais
 
						O Programa Estadual de Controle de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) promoveu, nesta quinta-feira (30), o III Seminário Estadual de Enfrentamento à Sífilis. O evento ocorreu na Faculdade Uninassau, no bairro Farol, em Maceió, e era destinado a profissionais e gestores da saúde dos 102 municípios alagoanos.
O objetivo era apresentar o cenário epidemiológico da doença no estado. Na oportunidade, também foram discutidas estratégias de combate à doença, bem como o fortalecimento da Rede de Vigilância e Atenção à Sífilis em Alagoas.
A sífilis é uma IST curável e exclusiva do ser humano, causada pela bactéria Treponema pallidum. Ela pode ser transmitida por relação sexual com pessoa infectada, sem o uso de preservativo, a popular camisinha. Também pode ser transmitida para os bebês durante a gestação ou parto de gestantes não tratadas ou tratadas inadequadamente durante o pré-natal.
Em Alagoas, entre 2020 e 2024, foram registradas 19.378 notificações, sendo 12.146 de sífilis adquirida, 5.212 em gestantes e 2.020 de sífilis congênita. No estado, a maior incidência dos casos ocorreu na I Região de Saúde, que abrange os municípios de Barra de Santo Antônio, Barra de São Miguel, Coqueiro Seco, Maceió, Marechal Deodoro, Messias, Paripueira, Pilar, Rio Largo, Santa Luzia do Norte e Satuba.
A enfermeira da Sesau, Hilary dos Santos, explica que o seminário integra as ações do Outubro Verde, mês de conscientização sobre a sífilis e a sífilis congênita. “A iniciativa busca sensibilizar os profissionais de saúde para um olhar mais ativo e sensível para combater a sífilis, uma doença emergente em nosso estado e também em nosso país”, frisou.
Ainda de acordo com Hilary dos Santos, é importante que os técnicos municipais estejam cientes sobre o assunto, principalmente os que estão na ponta, ou seja, na porta de entrada do acesso a esses pacientes.
“Além disso, é fundamental orientar e sensibilizar a população sobre a sífilis, os cuidados para não adquirir a doença e como procurar atendimento médico para o tratamento em tempo oportuno”, enfatizou.
Durante o evento, os municípios participaram do Desafio Outubro Verde, iniciativa que estimula boas práticas na prevenção e controle da doença. Os participantes também acompanharam palestras e debates sobre temas essenciais, como “A importância da notificação oportuna e da vigilância para prevenção de óbitos”; “Do diagnóstico à eliminação: Desafios e estratégias para o controle da sífilis nos territórios”; e “Compromissos coletivos no enfrentamento da sífilis”.
