Parceria entre Ufal e CNPEM impulsiona pesquisas e inovação científica
Cooperação deve gerar novos projetos, intercâmbio de pesquisadores e avanços em biotecnologia
Na última sexta (24), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) deu mais um passo em direção ao futuro. Desta vez, em parceria com o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), foi assinado um termo de cooperação que reforça o papel da Universidade no fomento a ações inovadoras na instituição.
Participaram da solenidade de assinatura o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo; o diretor do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), Mário Tyago Murakami; a professora do Programa de Pós-Graduação em Química e Biotecnologia (PPGQB/Ufal), Ana Catarina Leite; o diretor do Instituto de Química e Biotecnologia (IQB), Thiago Mendonça de Aquino; o coordenador do PPGQB, Edeildo Ferreira da Silva Júnior, o professor do Rede Nordestina de Biotecnologia (Renorbio) Euzébio Santana, e o embaixador do CNPEM na Ufal, o professor do IF, David Sampaio.
A professora Ana Catarina, responsável pela mediação entre a Ufal e o CNPEM, destacou que a parceria é essencial para promover ações integradas entre as instituições: "O termo de cooperação traz a possibilidade de ações como esse workshop que está sendo realizado agora no IQB e outras ações, como o desenvolvimento de pesquisas bilaterais, com a ida de alunos nossos para lá e a vinda de pesquisadores de lá para cá, e ainda com palestras e cursos com auxílio financeiro tanto por parte do CNPEM quanto da Ufal. É um termo bem amplo e muito bom para a universidade, com possibilidade de transferência de tecnologia dentre outras ações”, explicou Ana Catarina Leite.
Parceria de sucesso
E a parceria já vem dando frutos. Entre os dias 27 e 29 de outubro, o PPGQB sediou o I Itinerant Biorenewables School: Integrated Approaches in Synthetic Biology for Biofoundries, promovido pelo LNBR, integrante do CNPEM, sendo esta a primeira edição realizada fora da sede oficial, localizada em Campinas (SP).
O workshop foi inicialmente voltado para os estudantes do Programa de Pós-Graduação em Química e Biotecnologia (PPGQB) da Ufal, mas acabou atraindo um público mais amplo. Participaram também professores, a maioria da própria universidade, e alunos de outras instituições, como a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e a Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A maior parte dos inscritos atua nas áreas de Química, Biotecnologia, Bioquímica e Biologia Molecular, além de representantes da Engenharia Química e do Programa Multicêntrico de Bioquímica.
O curso foi ministrado por cinco pesquisadores do LNBR, vinculados ao CNPEM, e por dois professores da Ufal que também trabalham na área de biorrenováveis. O objetivo principal foi debater sustentabilidade e renovação energética, discutindo alternativas aos combustíveis fósseis e o uso de novas tecnologias em tal setor.
“O objetivo foi mostrar ferramentas que podem ser utilizadas para estudar e obter novos insumos que levem à produção de novos biorrenováveis e novos tipos de combustíveis. A gente sabe que há um problema com os combustíveis fósseis, como o petróleo, que têm reservas limitadas. O mundo precisa de combustíveis mais limpos, com menos emissão de CO₂, vindos de fontes renováveis. O Brasil é um país muito privilegiado nesse sentido, porque tem uma grande disponibilidade de insumos para conversão energética”, explicou a professora.
Segundo Ana Catarina, o retorno dos alunos foi melhor que o esperado, com trocas de conhecimento entre participantes e pesquisadores. Para o futuro da parceria, a expectativa é de resultados significativos tanto para a universidade quanto para os discentes: “Esperamos desenvolver projetos maiores e mais estruturados, aproveitando a infraestrutura do CNPEM. O Sirius, por exemplo, é o único acelerador de elétrons da América Latina e um dos maiores do mundo, de quarta geração. Além dele, há vários outros equipamentos de ponta, um patrimônio federal que deve ser utilizado pelos pesquisadores do país. Acho que isso vai engrandecer muito as pesquisas da Ufal e fortalecer a universidade como um todo”, concluiu a professora.