DESENVOLVIMENTO

Governo de Alagoas impulsiona a Economia de Impacto, modelo sustentável preocupado com o meio ambiente

Por Anderson Gomes / Ascom Sedics Publicado em 31/10/2025 às 14:52
A secretária Alice Beltrão levou os exemplos de Alagoas para o Fórum Nordeste de Economia Circular, em Recife Ascom Sedics

A Economia de Impacto, modelo que une resultado financeiro e transformação socioambiental, tem se consolidado como uma das principais frentes de inovação econômica em Alagoas. O movimento representa uma mudança na forma de empreender: negócios que geram lucro, mas também resolvem problemas da sociedade e protegem o meio ambiente, comprovando isso através de indicadores e metas de impacto positivo.

“A economia de impacto busca unir propósito e resultado. É garantir que o crescimento econômico também signifique qualidade de vida, inclusão e cuidado com o meio ambiente. Esse é o caminho para um estado mais justo e sustentável”, afirma.

Histórias que inspiram e transformam realidades

 

Alagoas acaba de selecionar diversos empreendimentos para compor o portfólio do Deimpacto, todos alinhados aos critérios do Sistema de Impacto (Simpacto). Para fazer parte, o empreendimento precisa ter missão socioambiental clara, modelo financeiro sustentável e comprovação de impacto positivo.

 

Da indústria à sala de aula: inovação que melhora vidas

 

Entre os exemplos de destaque está a Isobloco, indústria alagoana que vem fornecendo soluções construtivas sustentáveis e seguras para escolas, creches e unidades de saúde. A empresa utiliza concreto nanocelular de baixo carbono, reduzindo em até 65% as emissões de gás carbônico, com reuso total de água e zero descarte de resíduos no processo produtivo. As edificações entregues são antimofos, termoacústicas, seguras contra incêndio e oferecem conforto térmico, saúde e bem-estar para estudantes e profissionais da rede pública.

 

Para o CEO da Isobloco, Henrique Ramos, o avanço deste setor só é possível porque o Estado vem abrindo caminho para um ambiente de inovação.

“O Governo do Estado tem criado condições reais para que a Economia de Impacto cresça. Programas como o Tecnova Alagoas e as políticas da Sedics fortalecem o ecossistema de inovação e aproximam empresas, universidades e instituições públicas. Graças a isso, a Isobloco está expandindo operações e ampliando seu impacto positivo dentro do estado”, destacou.

 

Um movimento que atravessa comunidades, escolas e manguezais

 

O portfólio reúne iniciativas com diferentes áreas de atuação, todas com impacto direto na vida das pessoas. Entre os exemplos alagoanos, estão:

 

            Maeduca – suporte a famílias e profissionais na educação de crianças neurodivergentes com base no método               Montessori;


Nosso Mangue – turismo regenerativo e preservação de manguezais em Maceió;

 

Mamãe Empreende – formação e empreendedorismo para mulheres mães;

 

Amitis – combate à fome com hortas hidropônicas em comunidades;

 

Território Sustentável – educação para a sustentabilidade;

Cosmos – empoderamento de mulheres líderes e empreendedoras;

 

Instituto Amigos da Sopa – capacitação e oportunidades para mulheres em vulnerabilidade;

IABS Social – reaproveita resíduos do sururu e transforma em cobogós comercializados nacionalmente;

TUTTi Soluções Sustentáveis – tecnologias para reduzir impacto ambiental na construção civil.

 

Cada um desses negócios reforça um conceito: é possível empreender, gerar renda, incluir pessoas e preservar o meio ambiente ao mesmo tempo.

 

Alagoas se torna referência nacional

 

Inspirado pelo movimento nacional Enimpacto, Alagoas se tornou um dos quatro estados brasileiros com uma política estadual de incentivo à Economia de Impacto, ao lado de Ceará, Espírito Santo e Rio Grande do Norte.

 

A atuação tem ganhado visibilidade nacional. Em outubro, a secretária Alice Beltrão representou Alagoas em um painel durante o Fórum Nordeste de Economia Circular (FNEC), realizado em Recife. No debate, ela apresentou os avanços do estado e destacou o papel da inovação e da sustentabilidade na geração de empregos e renda.

 

“Alagoas está mostrando que é possível desenvolver a economia sem abrir mão da responsabilidade social e ambiental. Vivemos um novo momento, com empreendedores engajados, políticas públicas estruturadas e resultados concretos. Participar do FNEC foi uma oportunidade de mostrar ao país o que já estamos construindo e, ao mesmo tempo, aprender com outras experiências do Nordeste”, pontuou.

 

Por meio da Sedics, o Estado firmou um Acordo de Cooperação Técnica com o Governo Federal para elaborar o Plano Decenal Estadual de Investimentos e Negócios de Impacto. O objetivo é desenvolver políticas públicas, criar instrumentos legais, como leis, decretos e portarias, e promover ações de fomento que fortaleçam cada vez mais esse ecossistema inovador.

 

Com essas iniciativas, Alagoas consolida sua posição como líder nacional na construção de um modelo econômico mais responsável, moderno e comprometido com as pessoas. Não é apenas sobre gerar negócios: é sobre gerar vida, renda, educação, preservação ambiental e novas oportunidades.