“Foi como se o coração quisesse sair pela boca”. Assim o comerciante Juarez Barbosa da Silva, de 54 anos, descreve a sensação que o levou a procurar atendimento médico pela terceira vez em poucos dias. O alagoano relata que, após sentir o coração acelerar subitamente enquanto trabalhava, decidiu buscar ajuda em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), sendo posteriormente encaminhado ao Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió.

No HGE, Juarez passou por uma série de exames que confirmaram o diagnóstico de arritmia cardíaca – alteração no ritmo dos batimentos do coração, que podem ficar mais rápidos, mais lentos ou irregulares. Ele foi internado na Unidade de Dor Torácica (UDT), setor dedicado a adultos com doenças cardiológicas e que conta com profissionais especializados para prestar assistência a esse perfil de paciente.

“Recebi um atendimento muito rápido e completo. Fui monitorado, medicado e orientado sobre o tratamento. Encontrei pessoas excelentes aqui, que me atenderam extraordinariamente bem. Hoje estou de alta médica e voltarei para casa com o coração cheio de gratidão. Irei seguir as recomendações para evitar novos sustos”, afirmou Juarez, que também convive com diabetes.

A arritmia ocorre quando os impulsos elétricos que controlam os batimentos cardíacos sofrem alterações. O resultado é um ritmo anormal, que pode causar palpitações, tonturas, falta de ar, cansaço e, em casos graves, desmaios ou paradas cardíacas. De acordo com o Ministério da Saúde, doenças cardiovasculares respondem por cerca de 30% das mortes no Brasil, e a arritmia é uma das condições mais comuns, especialmente em homens acima dos 40 anos.

“A maioria das arritmias pode ser controlada com acompanhamento médico, uso de medicações adequadas e, quando necessário, intervenções como a implantação de marcapasso. O mais importante é procurar atendimento assim que surgirem os sintomas”, explica o cardiologista e coordenador da UDT do HGE, Luíz Aurélio.

Diagnóstico e prevenção

O diagnóstico da arritmia é realizado por meio de exames simples, como o eletrocardiograma, o Holter (monitoramento do ritmo cardíaco por 24 horas) e o ecocardiograma, que avalia a estrutura e o funcionamento do coração. O tratamento pode envolver mudanças no estilo de vida, uso de medicamentos antiarrítmicos, procedimentos de ablação cardíaca ou o implante de dispositivos para regular os batimentos.

“Como os exames não indicaram alterações graves, ele ficou internado conosco, recebendo todos os cuidados, medicações e sendo monitorado. Agora, retorna para casa e desejamos muita saúde a ele. Que não volte a passar por esse quadro. É fundamental cuidar da alimentação, eliminar o estresse e o sedentarismo. Adotar hábitos saudáveis e realizar consultas periódicas são atitudes que previnem complicações”, orienta a técnica de enfermagem Ana Paula Lima Lopes, integrante da equipe que atendeu Juarez.

Vale lembrar que, neste mês, está em andamento a Campanha Novembro Azul, dedicada à saúde do homem. Por isso, o HGE reforça a importância de ampliar o cuidado para além da prevenção do câncer de próstata. Atenção ao coração, à pressão arterial, ao controle do colesterol e do peso são medidas essenciais que salvam vidas e devem fazer parte da rotina de todos os homens.

“Nosso compromisso é com a vida. A história de Juarez mostra que buscar ajuda no momento certo faz toda a diferença. Parabenizo nossa equipe pelo cuidado e reforço que o HGE está sempre de portas abertas para acolher e cuidar da população alagoana”, destaca o diretor médico Miqueias Damasceno.