IDENTIFICAÇÃO GENÉTICA

Polícia Científica de Alagoas identifica corpo encontrado na Cachoeira do Meirim como o de Crislany Maria

Exame de DNA confirma identidade da jovem desaparecida; familiares poderão realizar sepultamento após semanas de espera

Por Aarão José / Ascom Polícia Científica Publicado em 14/11/2025 às 14:56
Perita criminal Bárbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética Forense e responsável pela análise Ascom Polícia Científica

A Polícia Científica de Alagoas concluiu, por meio de exame de comparação genética, que o corpo encontrado em avançado estado de decomposição na região da Cachoeira do Meirim, no bairro Benedito Bentes, em Maceió, pertence à jovem Crislany Maria Gomes da Silva, de 19 anos. O resultado foi confirmado nesta sexta-feira (14) pelo Laboratório de Genética Forense do Instituto de Criminalística de Maceió.

De acordo com a perita criminal Bárbara Fonseca, chefe do Laboratório de Genética Forense e responsável pela análise, a confirmação da identidade foi possível após a comparação entre amostras biológicas da vítima e de sua mãe. O resultado já foi comunicado aos órgãos competentes e à família, que agora poderá iniciar os trâmites para a liberação do corpo.

“A conclusão do exame de DNA representa um avanço crucial na investigação e reafirma o papel da perícia criminal na busca pela verdade, pela justiça e pelo respeito às vítimas e seus familiares. A confirmação também representa um passo decisivo para a humanização do caso, permitindo que a família, após semanas de espera angustiante, possa realizar o sepultamento digno da jovem”, afirmou Bárbara Fonseca.

O processo de identificação exigiu um trabalho técnico minucioso da Polícia Científica de Alagoas. Inicialmente, o corpo passou por exame de necropapiloscopia, que analisa impressões digitais, mas o avançado estado de decomposição impediu resultados conclusivos.

Sem o prontuário odontológico de Crislany, o exame odontolegal de comparação da arcada dentária também foi descartado. Diante disso, foi necessário recorrer à análise genética, com a coleta de amostras biológicas da mãe da jovem, encaminhadas ao laboratório junto com fragmentos do corpo encontrado.

Seguindo protocolos internacionais de segurança e qualidade, a perita utilizou técnicas específicas para extração de DNA em condições extremas, o que exigiu precisão e sensibilidade. A Polícia Científica de Alagoas reforça que seguirá acompanhando o caso e prestando apoio às autoridades responsáveis, mantendo o compromisso de fornecer respostas claras, precisas e humanizadas à sociedade alagoana.

Relembre o caso

Crislany e sua filha desapareceram em 12 de outubro, em Rio Largo, após a jovem informar à família que sairia por alguns minutos. Desde então, não houve mais contato. Relatos posteriores apontam que Crislany vinha sofrendo ameaças e temia por sua vida.

As investigações resultaram na prisão do principal suspeito em 20 de outubro. Ele indicou uma área de mata no bairro Benedito Bentes onde o corpo teria sido abandonado. No mesmo local, foram encontrados objetos infantis, sugerindo que a bebê poderia estar na região. Até o momento, porém, a criança não foi localizada.