Vendedora tem a vida salva no Hospital Metropolitano de Alagoas após sofrer AVC
Agilidade no atendimento e estrutura especializada foram decisivos para a recuperação de Poliana Soares, de 54 anos, em Palmeira dos Índios.
Era por volta de meio-dia quando Poliana Soares, 54 anos, sentiu um mal-estar enquanto trabalhava em uma loja de brinquedos, em Palmeira dos Índios. “Foi como um choque na cabeça”, relembra. Em poucos segundos, percebeu que o lado esquerdo do corpo não se sustentava, acompanhado de intenso formigamento.
Ela não se recorda de muitos detalhes daquele momento, apenas que foi levada rapidamente ao hospital da cidade e, em seguida, encaminhada ao Hospital Metropolitano de Alagoas (HMA), em Maceió, referência estadual no atendimento ao AVC, com unidade própria para diagnóstico, tratamento e reabilitação.
Hoje, com a fala recuperada e o sorriso de volta, Poliana expressa gratidão. “Sou grata a Deus e a cada um que me ajudou com carinho e amor. Tudo que eles pediram para eu fazer, eu fiz: alimentação, medicação, exames, exercícios. Não perdi um. Tenho muita força de vontade. Porque não é fácil você ser uma pessoa ativa e se ver paralisada. Mas eu tenho fé, e minha recuperação está sendo muito boa e rápida”, afirma.
AVC em pessoas mais jovens
A médica generalista Sthepanny Neri, que acompanhou Poliana, explica que o AVC é mais comum em pessoas idosas e com doenças como hipertensão e diabetes. Não era o caso de Poliana, que levava uma vida ativa e não tinha comorbidades.
“Mesmo praticando exercícios e sem histórico de doenças pré-existentes, ela foi acometida. Isso demonstra a importância de conhecer os sinais e procurar a emergência o mais rápido possível”, destaca a médica.
Rebeca Teixeira, neurologista e responsável pela Unidade de AVC do hospital, explica que o AVC em idade não tão avançada e sem fator de risco clássico conhecido, como no caso de Poliana, pode ocorrer por causas como lesão traumática ou espontânea de artéria cerebral, distúrbios genéticos ou adquiridos de coagulação, cardiopatias, doenças autoimunes, neoplasias, uso de drogas, hormônios, entre outros fatores.
“Mesmo pessoas saudáveis devem estar atentas às manifestações súbitas do corpo, como fraqueza ou dormência em um dos lados, dificuldade para falar ou compreender, perda de equilíbrio ou coordenação, alteração de visão, dificuldade de marcha, tonturas e dor de cabeça intensa e repentina”, reforça a especialista.
No caso de Poliana, a agilidade no atendimento e o encaminhamento imediato ao HMA foram fundamentais para o bom desfecho. Atualmente, ela segue acompanhada pelo ambulatório pós-AVC para investigação das causas do Acidente Vascular Cerebral.
Referência em Alagoas
O Hospital Metropolitano de Alagoas conta com uma Unidade de AVC estruturada para atendimento 24 horas, equipes especializadas e protocolos de alta eficácia. Após a fase aguda, os pacientes seguem no Ambulatório Pós-AVC, onde recebem acompanhamento contínuo.
Essa linha de cuidado integra o Programa AVC Dá Sinais, que fortalece o diagnóstico rápido e amplia o acesso ao tratamento adequado em todo o estado. A história de Poliana evidencia que o AVC pode atingir qualquer pessoa e que reconhecer os sinais a tempo salva vidas e reduz sequelas.