CRISE NO FUTEBOL

Comentarista relata a omissão da Prefeitura e o pior desempenho da história do CSE nos últimos 36 anos

Fim do apoio municipal levou o CSE ao fracasso no Alagoano 2025

Por Redação Publicado em 11/02/2025 às 08:22
Captura de tela 2025-02-11 082047.png

O que era impensável aconteceu: pela primeira vez em 36 anos, o CSE terminou o Campeonato Alagoano sem vencer um único jogo e amargando a lanterna. Um vexame histórico que escancara a falta de apoio da Prefeitura e a completa ausência de compromisso da atual gestão com o futebol local.

O comentário do narrador Antônio Oliveira, no programa Bola na Rede, da Rádio Sampaio, trouxe à tona um fato inquestionável: todas as gestões municipais anteriores ajudaram o CSE. Desde Gileno Sampaio até Júlio Cezar, passando por Helenildo Ribeiro, Mazé, Cordeiro e James Ribeiro, todos compreenderam que o futebol é um patrimônio cultural e social da cidade. Mas, na atual gestão de Luísa Júlia Duarte, simplesmente zeraram o apoio ao clube.

A diferença é gritante. Sob Júlio Cezar, último prefeito antes de sua tia assumir o cargo, a prefeitura destinava R$ 200 mil mensais ao CSE durante o campeonato. O suficiente para estruturar minimamente o time e garantir condições para competir. Com a entrada da nova administração, o valor caiu para zero. O resultado? Um time desmontado, sem investimento e sem competitividade, levando Palmeira dos Índios ao maior fiasco esportivo de sua história.

A gestão municipal não pode se isentar dessa responsabilidade. É claro que a prefeitura não deve bancar integralmente o clube, mas um apoio institucional sempre existiu e fez parte da cultura esportiva da cidade. Reduzir o investimento a nada é condenar o CSE ao fracasso, e foi exatamente isso que aconteceu, disse Oliveira.

Além do impacto esportivo, o abandono do CSE também afeta a economia local. O futebol movimenta comerciantes, ambulantes, serviços de transporte e turismo, e contribui diretamente para a visibilidade do município no estado e até no país. A cidade, que antes tinha orgulho de ver seu time brigar por títulos e boas campanhas, agora precisa engolir a vergonha de um campeonato desastroso.

A pergunta que fica é: a atual gestão realmente se importa com o esporte e a tradição da cidade? Se nada mudar, o que hoje é um fracasso esportivo pode se tornar o enterro definitivo do futebol profissional em Palmeira dos Índios. E a culpa terá um único nome: a omissão da administração municipal.