Bortoleto tira lições de corrida monótona no Catar: "Gostaria que tivesse sido diferente"
Piloto brasileiro termina em 13º após largar do fim do grid e lamenta punição que comprometeu chances de pontuar
Gabriel Bortoleto encerrou o GP do Catar neste domingo na 13ª posição, após largar em 19º, e classificou a prova como "previsível e chata". "Sabíamos que a corrida seria mais ou menos assim. Todo mundo tem praticamente a mesma estratégia. Quando há um safety car mais cedo e todos param, todos vão parar de novo na mesma volta depois. Essa foi a corrida", comentou o brasileiro.
Mesmo partindo do final do grid, o piloto da Sauber buscou alternativas para tentar avançar. "Estava ali de boa, fazendo minha corrida e aprendendo, tentando coisas diferentes. Foi meio que uma corrida chata. Essa é a palavra. Queria que tivesse sido um pouco diferente", disse Bortoleto, que, na segunda parada nos boxes, optou por pneus macios para a parte final da prova.
Bortoleto havia conquistado o 14º tempo no treino classificatório, mas perdeu cinco posições no grid devido ao acidente com Lance Stroll em Las Vegas. "Fico muito desapontado por termos de pagar a punição nesta corrida. Pilotos na posição em que eu deveria largar, sem a punição, conseguiram marcar 1 ou 2 pontos", ressaltou, citando o japonês Yuki Tsunoda, da Red Bull, que largou em 15º, terminou em 10º e pontuou. "Então, é uma pena. Mas, quando você comete erros, precisa pagar por eles. É justo."
Uma das razões para a monotonia da corrida foi a regra imposta pela Pirelli, que limitou a 25 voltas o uso do mesmo conjunto de pneus, obrigando todos a realizarem ao menos duas paradas. "Eles não fazem isso para deixar a corrida mais ou menos divertida. Acredito que façam isso por questões de segurança. Todo piloto preferiria não ter essa regra e ter apenas uma corrida normal", completou Bortoleto, que fará sua estreia na F-1 em 2025.