PLENÁRIO

Comissão na Câmara aprova projeto de lei que retira segurança armada do presidente Lula

Por Sputinik Brasil Publicado em 08/04/2025 às 23:36
© Foto / Marcelo Camargo / Agência Brasil

Com direito a desejo de morte ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (8) o projeto de lei que quer proibir o uso de arma de fogo por seguranças pessoais do petista e de ministros.

Dominada por parlamentares do PL, o texto foi aprovado na comissão por 15 votos favoráveis e outros oito contrários. Para seguir a tramitação em plenário, a proposta ainda vai passar por outras duas comissões na Casa.

O projeto de lei foi apresentado em agosto de 2023 pelo atual presidente da comissão, deputado federal Delegado Caveira (PL-PA), e pelo deputado Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP). Durante a sessão, o relator Gilvan da Federal (PL-ES) chegou a desejar abertamente a morte do presidente Lula.

"Quero mais é que ele morra mesmo e que [os seguranças pessoais] andem desarmados. Quero que ele vá para o quinto dos infernos, é um direito meu. Não quer dizer que vou matar o cara. Mas eu quero que ele morra, que vá para o quinto dos infernos. Porque nem o diabo quer o Lula, por isso que ele está aí e superou um câncer", disse.

Conforme o texto, caso seja aprovada, a lei passa a proibir o uso de armas de fogo por integrantes da segurança pessoal da Presidência da República e também de ministros, mesmo em atividades "que envolvam a segurança imediata" de cada um.

Para o autor do projeto, a medida está em conformidade "com a ideologia do atual mandatário, que não vê nas armas de fogo algo benéfico para a sociedade", em alusão às iniciativas do governo Lula que suspendeu decretos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que facilitam o acesso aos equipamentos no Brasil. "Vamos tirar a arma do Lula, vamos tirar a arma dos ministros e a gente vê como é que eles se sentem. Talvez eles mudem de ideia", acrescentou.

Porém, líderes do governo na Câmara acreditam que o texto não deve seguir em tramitação por ser inconstitucional. Além disso, ainda não foi votado na principal comissão da Casa, a de Constituição e Justiça.