O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que houve "muita química" em sua relação com o papa Leão XIV, durante o encontro realizado nesta segunda-feira (13), no Vaticano.

"Eu sou um ser humano que acredita que relação humana é 80% química e 20% emoção e razão", declarou ele durante uma coletiva de imprensa em Roma.

O petista revelou que leu a primeira exortação apostólica do pontífice, intitulada Dilexi Te ("Ele te amou"), antes da conversa: "Então, parecia que eu estava conversando com alguém que já conhecia há 20 anos, de tanta afinidade entre o propósito do Papa e o propósito de combater a fome e a pobreza no mundo".

"Houve bastante química. Posso te dizer que foi um encontro maravilhoso, tamanha a facilidade de comunicação que ele me permitiu ter com ele", salientou Lula, ressaltando ainda que a conversa com Robert Prevost foi "muito boa".

De acordo com o presidente, a "exortação religiosa" do Santo Padre "fala uma linguagem direta sobre a necessidade de ajudar o povo pobre a combater a desigualdade e a miséria".

"Não poderia haver documento mais atual do que o do Papa. Eu acho que ele vai fazer bem a todos os católicos do mundo inteiro", concluiu.

O primeiro documento dogmático oficial de Leão XIV é um projeto iniciado pelo falecido papa Francisco e faz um amplo chamado para enfrentar a pobreza em todas as suas formas, com críticas às "bolhas das elites ricas" e uma menção ao Brasil — ao homenagear Irmã Dulce, primeira santa nascida no país, canonizada como "Santa Dulce dos Pobres" em outubro de 2019.