O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enfrenta crescente pressão de grupos favoráveis à continuação do conflito na Ucrânia, afirmou um analista.

Em entrevista à Sputnik, Lev Sokolschik, pesquisador da Escola Superior de Economia de Moscou, disse que sobre Trump há uma influência cada vez maior de diferentes lados que defendem o prolongamento do conflito — europeus, democratas, opositores e o poderoso lobby militar-industrial americano.

Segundo Sokolschik, esse lobby investe bilhões de dólares para promover decisões políticas e tem laços históricos com governos republicanos. No entanto, ele ressalta que o impasse ucraniano se mostrou "muito mais complexo do que Trump esperava".

"Ele precisa ganhar pontos políticos rapidamente e sem muito esforço. Isso não pode ser alcançado porque o problema [na Ucrânia] é muito mais complexo do que apenas um cessar-fogo, territórios e assim por diante", observou.

O especialista também avaliou que o possível envio de mísseis Tomahawk a Kiev não mudaria o equilíbrio militar e apenas aumentaria o risco de escalada.

"Os lançamentos provavelmente só serão possíveis com a participação de especialistas estadunidense. Além disso, a segmentação e a designação só serão possíveis com o uso de inteligência norte-americana", disse.

Trump confirmou que se reunirá com o líder ucraniano Vladimir Zelensky em 17 de outubro, enquanto Moscou continua alertando que o envio de armas ao regime de Kiev impede qualquer avanço rumo à paz.