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Diante de ofensiva dos EUA no Caribe, Lula diz que nenhum presidente tem que dar palpite na Venezuela

Publicado em 16/10/2025 às 23:04
© Foto / Palácio do Planalto / Ricardo Stuckert

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou nesta quinta-feira (16), que nenhum líder mundial deve dar palpite na Venezuela, em meio a operações militares dos Estados Unidos no mar do Caribe.

Em evento do Partido Comunista do Brasil (PC do B), Lula criticou a interferência de atores internacionais em assuntos internos, embora não tenha citado países ou líderes mundiais.

"Todo mundo diz que a gente vai transformar o Brasil na Venezuela, e o Brasil nunca vai ser a Venezuela, e a Venezuela nunca vai ser o Brasil, cada um será ele [próprio]. O que nós defendemos é que o povo venezuelano é dono do seu destino, e não é nenhum presidente de outro país que tem que dar palpite de como vai ser a Venezuela ou vai ser Cuba.”

Outro alvo rotineiro dos Estados Unidos e sancionado há várias décadas, Cuba também foi defendido pelo presidente do Brasil durante discurso.

"Cuba não é um país de exportação de terroristas. Cuba é um exemplo de país de dignidade."

Os comentários do Lula acontecem um dia após Trump admitir que a CIA pode realizar operações terrestres na Venezuela, elevando a um segundo nível as operações de segurança na região do Caribe, que já contaram com múltiplos bombardeios aéreos contra embarcações.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, rejeitou veementemente a atuação da CIA na região. O líder afirmou que o país "não quer um conflito no Caribe, nem na América do Sul", em referência à crescente tensão com Washington.

"Até quando os golpes de Estado da CIA? A América Latina não os quer, não os precisa e os repudia", declarou Maduro durante reunião do Conselho Nacional pela Soberania e a Paz.

Por Sputinik Brasil