Nos bastidores políticos do Agreste alagoano, a movimentação durante o Carnaval deixou clara a dificuldade de alguns nomes em consolidar espaço para as eleições de 2026. Um dos principais exemplos é o do deputado federal Daniel Barbosa (PP), filho do prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, que tem encontrado obstáculos para ampliar sua base política no interior do estado.

Mesmo contando com o auxílio de luxo da ex-prefeita Célia Rocha, que já foi uma força política expressiva na região e ex-namorada de seu pai, Daniel não tem conseguido transformar o apoio em crescimento eleitoral.

"Garoto não é do ramo", afirmam lideranças políticas

Políticos de diferentes municípios que tiveram contato com Daniel Barbosa relataram à Tribuna do Sertão que o deputado enfrenta dificuldades na articulação política.

“O garoto não é do ramo. Falta jogo de cintura para a política, e talvez por isso seu mandato seja tão apagado no Congresso”, afirmou um líder municipal do Agreste, que preferiu não se identificar.

Se a gestão de seu pai, Luciano Barbosa, tem sido bem avaliada em Arapiraca, a transferência desse prestígio para a candidatura de Daniel não é garantida. Sem uma atuação de destaque na Câmara dos Deputados, o parlamentar ainda não conseguiu se consolidar como um nome forte para representar a região.

Disputa pela vaga do Agreste esquenta

A disputa por uma cadeira na Câmara dos Deputados promete ser acirrada. Além de Daniel, outros nomes podem se viabilizar para representar o Agreste alagoano. Um deles é o do ex-deputado Marcelino Alexandre, que, vindo de uma família tradicional, pode esquentar as eleições de 2026 na maior cidade do interior de Alagoas. Marcelino é cunhado de Ricardo Nezinho, hoje, principal voz de oposição em Arapiraca a Luciano Barbosa.

Enquanto isso, o grupo do atual prefeito sabe que precisa reforçar sua presença no interior para manter influência. Apesar do apoio familiar, Daniel Barbosa ainda precisa provar que tem habilidade política suficiente para se sustentar eleitoralmente sem depender do pai.

Se nada mudar, sua reeleição para 2026 estará ameaçada – e qualquer plano para o Executivo estadual, ainda mais distante.