Durante a inauguração da Sala Lilás da UPA, a vice-prefeita de Palmeira dos Índios, Sheila Duarte, voltou a falar sobre as ameaças graves que sofreu recentemente. O caso, que já havia sido denunciado por ela nas redes sociais há 15 dias, foi relembrado na solenidade como um exemplo da luta diária que muitas mulheres enfrentam para romper o ciclo da violência.

Na ocasião, Sheila destacou a importância da rede de proteção às vítimas, afirmando que precisou buscar apoio na Sala Lilás do Centro Especializado de Atendimento à Mulher (CEAM) e solicitou medida protetiva contra o agressor.

“Não me calei e não me calarei”

Em seu discurso, a vice-prefeita fez um desabafo sobre o impacto psicológico da violência e a dificuldade de denunciar.

“Nos últimos 15 dias, precisei usar a Sala Lilás do CEAM, fiz a minha denúncia e pedi medida protetiva porque resolvi quebrar o silêncio e buscar paz. Psicologicamente, estou abalada. Mas o pior é saber que ainda existem pessoas que descredibilizam vítimas, como a imprensa, que muitas vezes questiona se estamos mentindo ou apenas buscando visibilidade”, afirmou Sheila.

A vice-prefeita enfatizou que a violência contra a mulher não escolhe classe social, profissão ou cargo político, e que sua experiência reforça o quanto muitas vítimas ainda têm medo de denunciar por falta de apoio ou pelo risco de serem desacreditadas.

Violência contra mulheres ainda é um desafio

A denúncia feita por Sheila Duarte traz à tona a realidade de milhares de mulheres que convivem com agressões físicas, psicológicas e ameaças diárias. Em Palmeira dos Índios, a gestão municipal tem ampliado os mecanismos de proteção às vítimas, com a criação de Salas Lilás no CEAM, no CISP e agora na UPA.

Esses espaços contam com apoio de equipes especializadas, da Patrulha Maria da Penha e da rede de assistência social, garantindo acolhimento às mulheres que precisam de ajuda para romper com a violência.

Sheila Duarte reforça necessidade de combater a impunidade

Ao relembrar o caso, a vice-prefeita cobrou um posicionamento mais firme da sociedade contra qualquer forma de agressão às mulheres.

“Denunciar não é um ato de fraqueza, mas de coragem. Muitas mulheres têm medo de falar porque a sociedade, muitas vezes, as julga ao invés de protegê-las. Mas estamos aqui para dizer: não se calem. Vamos continuar trabalhando para garantir que nenhuma mulher fique sem apoio”, concluiu.

O caso de Sheila Duarte reforça a necessidade de fortalecer políticas públicas de proteção às mulheres e garantir que nenhuma vítima seja silenciada. A expectativa agora é que a denúncia da vice-prefeita tenha um desdobramento e sirva de alerta para que outras mulheres também busquem ajuda.