Deputado Reginaldo Veras ironiza Nikolas Ferreira após prisão de Bolsonaro: “Finalmente o moleque fez algo que preste”
STF apontou que ligação feita por Nikolas durante ato político influenciou decisão de prisão domiciliar do ex-presidente
O deputado federal Reginaldo Veras (PV-DF) usou suas redes sociais para criticar de forma irônica o também parlamentar Nikolas Ferreira (PL-MG), após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro. Em uma publicação nos stories do Instagram, Veras compartilhou uma notícia sobre a prisão e comentou: “Finalmente o moleque fez algo que preste!”
Nikolas foi citado por Alexandre de Moraes na decisão, como parte relevante do episódio que levou ao agravamento da situação do ex-presidente. Segundo o ministro, o deputado mineiro fez uma ligação por chamada de vídeo para Bolsonaro durante manifestação realizada no último domingo (3), e a transmissão da conversa foi utilizada para impulsionar mensagens com teor de coação ao STF e obstrução da Justiça.
“O réu [Jair Bolsonaro] atendeu ligação telefônica por chamada de vídeo do deputado federal Nikolas Ferreira, oportunidade em que o parlamentar utilizou Jair Messias Bolsonaro para impulsionar as mensagens proferidas na manifestação, na tentativa de coagir o Supremo Tribunal Federal e obstruir a Justiça”, escreveu Moraes.
Decisão do STF
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro foi decretada nesta segunda-feira (4), sob a justificativa de descumprimento de medidas cautelares impostas anteriormente pela Corte. Moraes destacou que, ao interagir publicamente durante o ato político, Bolsonaro violou a proibição de utilizar redes sociais, mesmo que indiretamente.
O ministro argumentou que a participação do ex-presidente, mesmo por meio de terceiros, teve como objetivo incentivar ataques ao STF e apoiar teses que colocam em risco o funcionamento das instituições. “Não há dúvida de que houve o descumprimento da medida cautelar. O réu produziu material com claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio à intervenção estrangeira no Poder Judiciário”, afirmou.
Com a decisão, Bolsonaro ficará em prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica, sem acesso a redes sociais ou contato com outros investigados nos inquéritos em curso no STF. A medida também se estende a seus aliados próximos que participaram do ato.