CCJ aprova prioridade em matrícula escolar para filhos de vítimas de violência doméstica
Medida garante prioridade em escolas próximas ao novo endereço e vale para instituições públicas e privadas; proposta segue para o Senado
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que assegura às mulheres vítimas de violência doméstica o direito de prioridade na matrícula de seus filhos ou dependentes em escolas localizadas próximas à nova residência.
A proposta tem caráter conclusivo e seguirá para o Senado Federal, a menos que haja recurso para votação no Plenário.
O texto aprovado, que altera a Lei Maria da Penha, também permite que o juiz determine, como medida protetiva de urgência, a matrícula ou transferência do aluno mesmo que não haja vaga na instituição de ensino mais próxima do novo domicílio.
Para garantir o direito à prioridade, a mulher deverá apresentar documentos que comprovem o registro de ocorrência policial ou processo judicial relacionado à violência doméstica.
A comissão aprovou o substitutivo da relatora, deputada Laura Carneiro (PSD-RJ), ao Projeto de Lei 2973/15, de autoria do ex-deputado Rômulo Gouveia (PB). O novo texto deixa claro que a medida vale tanto para escolas públicas quanto privadas.
“Essa alteração protege ainda mais a mulher vítima de violência doméstica e seus dependentes, garantindo-lhe o direito fundamental à educação em meio a um contexto tão difícil de afastamento do lar”, afirmou a relatora.