Governador de Mato Grosso critica Eduardo Bolsonaro e diz que deputado está 'fora da realidade'
Mauro Mendes rebate declarações do filho do ex-presidente, chama parlamentar de 'louco' e condena ataques feitos dos Estados Unidos
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União Brasil), criticou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), chamando-o de "louco" e afirmando que o parlamentar está “falando bobagem” nos Estados Unidos.
“Está louco, está falando bobagem. Está lá nos Estados Unidos, longe da realidade. Fez uma lambança gigante quando defendeu o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Foi um grande equívoco que ele cometeu e está cometendo outro. Ele está perdendo tempo de ficar calado”, disparou o governador.
Mendes também destacou o respeito que mantém pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, mas ponderou: “Agora, o filho dele está falando bobagem lá nos Estados Unidos.”
Eduardo Bolsonaro vive nos Estados Unidos desde o início deste ano e, de lá, tem feito declarações sobre a política brasileira. O deputado também acumula faltas nas sessões da Câmara dos Deputados.
A reação de Mauro Mendes ocorreu após ser questionado sobre um vídeo em que o terceiro filho do ex-presidente Jair Bolsonaro chama o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de “candidato do sistema”.
“O Tarcísio é o candidato do sistema. É o cara que o Moraes quer, que gostaria que fosse eleito porque ele ainda viria com apoio de Jair Bolsonaro. O meu pai foi posto em prisão domiciliar, com tornozeleira, esculachado e sem rede social por conta desse projeto”, afirmou Eduardo em vídeo publicado em seu canal no YouTube.
O deputado também criticou Tarcísio com base em declarações do ex-ministro José Dirceu (PT), dizendo que o governador paulista “não é um líder” e que sua eleição só ocorreu graças ao eleitorado bolsonarista.
“Ele quer ser presidente da República do Brasil. Por isso que falo que ele é uma ficção, porque ele depende totalmente do Bolsonaro e do voto bolsonarista. Porque ele não é um líder, foi eleito em São Paulo pela força do eleitorado conservador, que é legítimo”, diz trecho do ex-ministro compartilhado por Eduardo.