Na COP30, Davi defende exploração responsável da Margem Equatorial
Presidente do Senado destaca equilíbrio entre desenvolvimento, proteção ambiental e geração de renda na Amazônia
Belém (PA) – O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, defendeu nesta segunda-feira (10), durante a abertura oficial da 30ª Conferência do Clima da ONU (COP30), a atuação efetiva do Brasil na proteção do meio ambiente e a busca pelo equilíbrio entre desenvolvimento econômico e sustentabilidade. Em seu discurso, o senador destacou a importância da exploração responsável de petróleo e gás na Margem Equatorial, além dos avanços do Amapá em projetos de energia limpa e preservação ambiental.
Segundo Davi, o Brasil pretende explorar a Margem Equatorial de maneira responsável, baseada em ciência e respeito ao meio ambiente, diferentemente de outros países.
— Como disse o presidente Lula, não é possível abrir mão desses recursos ainda, mas é fundamental aproveitá-los de forma sustentável. É exatamente isso que estamos fazendo. A renda da Margem Equatorial é que vai manter a floresta em pé. São esses royalties que vão financiar a transição energética, reduzir desigualdades e levar desenvolvimento sustentável ao Amapá, à Amazônia e a todo o Brasil — ressaltou o chefe do Legislativo.
Alcolumbre lembrou que o Amapá possui 73,5% de sua área sob proteção ambiental, incluindo unidades de conservação, terras indígenas e comunidades quilombolas, mantendo taxa zero de desmatamento. O senador afirmou ainda que o Brasil é “exemplo para o mundo”.
— Sem dúvida, o Brasil é exemplo para o mundo: reduzimos em 50% o desmatamento da Amazônia nos últimos três anos, ampliamos o uso de biocombustíveis, energia solar e energia eólica, e lançamos o Fundo Florestas Tropicais para Sempre. O Amapá tem se destacado não apenas por ter mais de 97% de seu território preservado, mas também por ser pioneiro em iniciativas como o Plano Estadual de Sociobioeconomia, o Atlas Solar e o futuro Atlas Eólico, voltados à geração de energia limpa, renda e emprego. Temos saldo de carbono negativo: retiramos da atmosfera todo o dióxido de carbono que emitimos e ainda absorvemos mais de dez milhões de toneladas adicionais por ano — afirmou.