CÂMARA DOS DEPUTADOS

Lindbergh afirma que PT não aceita negociar competências da PF em marco legal

Líder do PT destaca vitória da racionalidade ao retirar facções da lei antiterrorismo e reforça defesa das atribuições da Polícia Federal

Publicado em 11/11/2025 às 20:24
Lindbergh Farias Marina Ramos / Câmara dos Deputados

O líder do PT na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (PT-RJ), afirmou nesta terça-feira (11) que considerou importante o recuo do deputado Guilherme Derrite (PP-SP), que desistiu de propor a tipificação das facções criminosas dentro da lei antiterrorismo. Lindbergh classificou a decisão como uma "vitória da racionalidade" e destacou a proposta de criação de uma lei autônoma para o marco legal do combate ao crime organizado. "Bastava ir no projeto original, que era justamente aquilo, um novo tipo penal. Era isso que a gente defendia, era mais fácil ter discutido o texto-base", pontuou.

Logo após o anúncio feito por Derrite de que as tipificações do marco legal do crime organizado serão propostas fora da lei antiterrorismo, parlamentares governistas convocaram uma coletiva para reivindicar a autoria da proposta. O texto é relatado pelo secretário de Segurança de São Paulo, mas foi encaminhado ao Congresso pelo governo federal.

Lindbergh avaliou que o anúncio de Derrite representa um "recuo parcial", mas afirmou que a base governista espera um "recuo total", especialmente nos pontos que tratam das atribuições da Polícia Federal. "Em relação à PF, não aceitamos negociar um milímetro de texto para retirar competências", enfatizou.

O líder do PT acrescentou que a bancada ainda tentará "aperfeiçoar" pontos relacionados ao perdimento de bens. Sobre a possibilidade de acordo para votação do texto, Lindbergh afirmou que o líder do governo, José Guimarães, "busca o acordo perfeito", mas sinalizou que está "com o pé atrás" diante das movimentações ocorridas em torno do PL antifacção no final da semana passada.