Heinze exalta agronegócio e defende regulação do mercado de carbono
Senador destaca papel do setor agropecuário na economia e propõe valorização da floresta amazônica por meio do crédito de carbono
Em pronunciamento nesta terça-feira (11), o senador Luiz Carlos Heinze (PP-RS) defendeu o setor agropecuário brasileiro, destacando que o país oferece poucos subsídios aos produtores rurais em comparação com outras nações. Citando dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Heinze ressaltou que o apoio financeiro no Brasil é significativamente menor do que em países como China, Estados Unidos, Índia e União Europeia.
— Não temos subvenção como os europeus, asiáticos e americanos têm e, mesmo assim, somos um dos maiores produtores e exportadores de alimento para o mundo. Produzimos para os mais de 200 milhões de brasileiros e também para mais de 1 bilhão de pessoas no mundo, que recebem alimentos brasileiros. Não podemos criticar esse setor que gera, direta e indiretamente, quase 40% dos empregos do país. Se chegam num supermercado o arroz, o feijão, a carne, o leite, as verduras, eles saem do campo — afirmou o senador.
Heinze também enfatizou a necessidade de o Brasil valorizar economicamente a floresta amazônica e regulamentar o mercado de crédito de carbono. Segundo ele, será apresentado um requerimento para uma nova audiência pública sobre o tema. O parlamentar citou como exemplo a cooperativa Copagril, no Paraná, que já remunera produtores rurais pela preservação da vegetação nativa.
De acordo com Heinze, o valor potencial da floresta amazônica, estimado pelo Banco Itaú, chega a US$ 140 bilhões no mercado atual e pode alcançar US$ 2 trilhões em um mercado regulado.
— Esses agricultores já estão recebendo dinheiro da venda do crédito de carbono. Um trabalho ímpar que a Cooperativa Copagril está fazendo lá e que pode ser referência para toda a produção agrícola do Brasil — destacou Heinze.