DIREITOS E INCLUSÃO

Comissão aprova ampliação da definição de dependente legal para policiais civis

Projeto de lei inclui familiares com transtornos mentais, cognitivos ou de atenção entre os dependentes legais de policiais civis, ampliando direitos e promovendo inclusão

Publicado em 12/11/2025 às 15:12
Deputado Duarte Jr., relator Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados aprovou um projeto de lei que amplia a definição de dependente legal do policial civil, passando a incluir familiares diagnosticados com transtornos mentais, cognitivos ou de atenção, independentemente do nível de suporte necessário. A proposta altera a Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis.

Segundo o texto, poderão ser reconhecidas como dependentes legais as pessoas com:

  • transtorno do espectro autista (TEA);
  • síndrome de Down;
  • síndrome de Apert;
  • transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDAH) em espectro grave;
  • esquizofrenia;
  • esclerose múltipla.

Por recomendação do relator, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), o Projeto de Lei 3337/25, de autoria da deputada Delegada Ione (Avante-MG), foi aprovado na forma do substitutivo adotado pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. O substitutivo ampliou o alcance da proposta original, incluindo outras condições além do TEA.

A autora do projeto defende que a lei deve reconhecer automaticamente essa condição de dependência, sem a necessidade de o policial recorrer ao Poder Judiciário.

Para o relator, a medida representa um avanço significativo. "O projeto reafirma o compromisso do País com a dignidade humana, a valorização dos servidores públicos e a inclusão das pessoas com deficiência", destacou Duarte Jr.

Próximas etapas

A proposta tem caráter conclusivo e será analisada agora pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para se tornar lei, o texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.