Lula reúne ex-governadores para debater segurança pública e estratégias no Congresso
Presidente busca experiências de ministros ex-governadores e pede empenho na aprovação da PEC da segurança e do projeto antifacções
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reuniu ministros que já foram governadores para ouvir suas experiências e discutir a pauta de segurança pública em tramitação no Congresso Nacional.
"Participamos de uma reunião com os ministros que já foram governadores, o ministro da Justiça, da Fazenda e a Secretaria de Relações Institucionais para discutirmos essa pauta da segurança que está no Congresso Nacional e a tramitação dos nossos projetos. O presidente queria ouvir um pouco a experiência dos governadores em relação a isso e a tramitação dessa pauta também", declarou Gleisi em entrevista coletiva após o encontro.
Além de Gleisi, participaram da reunião:
• Geraldo Alckmin, vice-presidente, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços e ex-governador de São Paulo;
• Rui Costa, ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia;
• Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
• Camilo Santana, ministro da Educação e ex-governador do Ceará;
• Wellington Dias, ministro do Desenvolvimento Social e ex-governador do Piauí;
• Renan Filho, ministro dos Transportes e ex-governador de Alagoas;
• Ricardo Lewandowski, ministro da Justiça;
• Waldez Góes, ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional e ex-governador do Amapá.
Segundo Gleisi, Lula solicitou que os ministros intensifiquem o diálogo com as bancadas na Câmara para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da segurança pública e o projeto de lei de combate às facções criminosas.
"O presidente queria ouvir sobre isso e pedir o empenho dos governadores também para sensibilizar o Congresso a aprovar essas medidas, nos dando mais instrumentos para o enfrentamento conjunto com os Estados", ressaltou.
A ministra destacou ainda que o governo vai concentrar esforços, de quinta até segunda-feira, 17, para convencer o relator do projeto de lei antifacções, deputado Guilherme Derrite (PP-SP), a promover novas alterações no texto. Gleisi reforçou a necessidade de adequação à pauta definida pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que marcou a votação da proposta para terça-feira, 18.
"O governo se dedicou por seis meses para elaborar esse projeto. Ele não nasceu em dois dias. Foi discutido com especialistas, universidades e autoridades de segurança dos Estados. Estamos preparados para o debate. Se o presidente da Câmara pautar a votação, temos condições de discutir", afirmou Gleisi.
Durante a reunião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também destacou o projeto de lei do devedor contumaz como uma medida fundamental para um combate mais eficiente ao crime organizado.
Gleisi ressaltou ainda que o governo gostaria que a PEC da segurança fosse votada antes do projeto antifacção, mas reconheceu que, diante do fim do ano legislativo, o ideal seria aprovar ambos de forma concomitante.
"A gente gostaria muito que a PEC fosse aprovada antes, tanto que ela foi enviada antes ao Congresso, em abril. Mas, chegando ao final do ano e diante dos desafios no enfrentamento às organizações criminosas, seria importante conseguir a apreciação dos dois projetos ao mesmo tempo", concluiu a ministra.