O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), anunciou nesta terça-feira (18) o senador Alessandro Vieira (MDB-SE) como relator do projeto de lei antifacção, assim que a proposta for encaminhada ao Senado. O texto ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados, cuja votação está prevista para hoje.

“Alessandro Vieira tem uma longa carreira jurídica, vasta experiência profissional e também como legislador e senador. Ele traz, desde sua origem em Sergipe, o compromisso com o combate ao crime e a proteção dos brasileiros”, afirmou Alcolumbre durante sessão plenária.

O presidente do Senado destacou ainda a expectativa da sociedade por uma resposta firme do Parlamento no enfrentamento à criminalidade. “Tenho certeza de que todos os senadores que aguardam a chegada desta matéria compreenderão a escolha da presidência”, acrescentou.

Mais cedo, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que o plenário da Casa apreciará o PL Antifacção nesta terça-feira. Motta negou qualquer intenção de retirar poderes da Polícia Federal e ressaltou que o relatório do deputado Guilherme Derrite (PP-SP) incorporou sugestões do governo federal, do Senado, de governadores e de partidos políticos. O deputado afirmou ainda que o parecer permitirá uma “resposta dura” ao crime organizado.

Com a votação do projeto de lei se aproximando, parlamentares da bancada bolsonarista articulam a aprovação de uma emenda para equiparar o crime de organização criminosa armada ao de terrorismo. A menção ao terrorismo havia sido retirada da terceira versão do relatório de Derrite, após pressão do governo federal e de outros setores, mas a pauta segue sendo defendida por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.