O Dia do Nordestino, celebrado nesta quarta-feira (8 de outubro), é mais do que uma simples data no calendário: é um tributo à identidade, à cultura e à força de um povo que ajudou a construir o Brasil com trabalho, talento e resistência. Instituída pela Lei nº 13.835/2019, a data presta homenagem ao poeta e compositor Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré, ícone da literatura popular e símbolo da sabedoria nordestina.

O Nordeste é uma das regiões mais ricas em diversidade cultural do país. Terra do forró, do baião, do maracatu, do frevo, do xaxado e do cordel, o território nordestino é lar de tradições que atravessam gerações — da sanfona de Luiz Gonzaga à poesia matuta de Patativa, das festas de São João ao sabor do cuscuz e da carne de sol. Cada sotaque, cada ritmo e cada expressão popular contam uma história de orgulho, resistência e pertencimento.

Mais do que cultura, o Dia do Nordestino é também um ato político e simbólico. A data reafirma a importância social e econômica da região, que abriga mais de 57 milhões de brasileiros e segue sendo referência em arte, educação, empreendedorismo e sustentabilidade. Mesmo diante das adversidades históricas — como a seca e as desigualdades sociais —, o povo nordestino continua sendo sinônimo de criatividade e resiliência.

De Alagoas ao Maranhão, do sertão à capital, o nordestino se reinventa todos os dias. Está nas universidades, nas feiras, nas obras, nas praias, nas redações, nos palcos e nas redes sociais. É o agricultor que planta esperança na terra seca, o artista que transforma a dor em arte e o trabalhador que move o país com garra e dignidade.

Celebrar o Dia do Nordestino é reconhecer o valor de uma região que ensina o Brasil a vencer com coragem, sorrir com o coração e sonhar mesmo quando o chão é árido. É lembrar que ser nordestino é mais do que nascer no Nordeste — é carregar no peito uma identidade feita de fé, poesia e amor pela vida.